Como falar com os pacientes

Autor: Helen Garcia
Data De Criação: 13 Abril 2021
Data De Atualização: 10 Poderia 2024
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TIMIDEZ NA HORA DE CONVERSAR COM O PACIENTE? l ESTÁGIOS DE ENFERMAGEM
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Contente

Um bom médico deve ter muito tato. Falar com os pacientes é uma habilidade fundamental que você precisa desenvolver.

Passos

Parte 1 de 4: Estratégias básicas

  1. 1 Antes de dizer algo, pense exatamente no que você quer dizer. Quando você souber exatamente o que precisa ser dito, pense na melhor maneira de se expressar antes que o paciente entre em seu consultório.
    • Você não precisa escrever tudo o que diz, mas se tiver uma ideia geral do que precisa ser dito, será mais fácil lembrar de todos os detalhes necessários. Também lhe dará a oportunidade de pensar em como se expressar melhor.
  2. 2 Ouça com atenção. Faça perguntas aos pacientes sobre seus problemas. Preste muita atenção às respostas do paciente e responda da mesma maneira.
    • Preste atenção às respostas verbais e não verbais.
    • Repita as respostas do paciente. Isso o ajudará a entender melhor a situação, pois você tranquiliza seus pacientes de que o problema dele pode ser resolvido.
  3. 3 Considere as necessidades do paciente como um todo. O paciente é mais do que um caso médico. Você deve olhar para ele como uma pessoa com seus próprios medos, crenças e circunstâncias únicas.
    • Respeite todas as crenças do seu paciente, mesmo se você discordar delas.
    • Incentive os pacientes a fazerem perguntas.
  4. 4 Fale com o paciente em uma linguagem acessível. Se possível, descarte a terminologia médica, não fale uma linguagem profissional com os pacientes. Fale devagar e claramente para evitar confusão desnecessária.
    • Divida as informações importantes sobre uma condição ou tratamento em pequenas partes. Certifique-se de que o paciente entende uma parte antes de passar para a próxima.
    • Forneça informações técnicas apenas se solicitado. Muitas informações complexas podem ser desanimadoras para muitos pacientes.
    • Alguns dizem que a compreensão da leitura está presa na 6ª série. Tente substituir as palavras que você usaria para descrever a situação em uma conversa com outro médico por palavras que um aluno da sexta série entende.
  5. 5 Construa suas discussões sobre experiências anteriores. Ao descrever o significado de ações específicas, tente usar palavras que foram compreendidas por seus pacientes anteriores.
    • Se o paciente teve alta recentemente, explique que a negligência com o tratamento prescrito pode levar à readmissão.
    • Se algum familiar ou amigo do paciente já teve a mesma doença, converse sobre as maneiras boas e ruins de cuidar do ente querido.
  6. 6 Explique tudo ao paciente com cuidado e precisão. As informações que você fornece sobre sua doença, condição e tratamento devem ser completas e precisas.
    • Explique a essência do diagnóstico em uma linguagem acessível.
    • Descreva o curso do tratamento e o resultado esperado. Se houver tratamentos alternativos, explique-os também.
  7. 7 Certifique-se de ser compreendido. Depois de dizer tudo o que o paciente precisa saber, peça a ele que repita suas palavras. Isso ajudará você a garantir que o paciente o compreenda.
    • Corrija qualquer mal-entendido imediatamente.
    • Você também pode fornecer fontes de informações adicionais se o paciente quiser saber mais.

Parte 2 de 4: Conhecendo novos pacientes

  1. 1 Apresente-se. Ao conhecer um paciente pela primeira vez, você deve se apresentar e explicar que, como médico, sua principal tarefa é cuidar do paciente da melhor maneira possível.
    • Deixe o paciente saber que você leva em consideração suas preocupações e crenças e tente levá-las em consideração ao escolher um tratamento.
    • Tranquilize o paciente de que ele pode discutir tudo sem medo de ser julgado ou ridicularizado.
    • Apresente-se como um aliado do paciente.Isso ajuda a estabelecer um bom relacionamento entre o médico e o paciente.
  2. 2 Quebre o gelo com uma breve conversa. Uma breve conversa cria um ambiente descontraído e amigável, no qual o paciente se sentirá mais confortável. Você também pode fazer isso encerrando a conversa com um tom alegre.
    • Uma breve conversa pode ser útil quando você se encontra pela primeira vez com um paciente e nos casos em que precisa se comunicar com ele posteriormente.
    • Tópicos de conversa distraídos podem ser o clima, a economia, as últimas notícias médicas ou eventos atuais.
    • Se você acha que estabelecerá um relacionamento profissional de longo prazo com o paciente, também pode passar para tópicos pessoais. Fale sobre sua família e pergunte sobre a família do paciente. Discuta a carreira, educação, gostos e desgostos do seu paciente.
  3. 3 Revise o histórico médico do paciente duas vezes. Você deve ter o histórico médico do seu paciente sobre a mesa com antecedência, em uma conversa você poderá esclarecer pontos questionáveis.
    • Peça para esclarecer todos os pontos do histórico médico que você não entende.
    • Revise o histórico médico dos familiares do seu paciente e descubra se eles têm algum membro da família com uma condição médica relevante para o diagnóstico.
    • Antes de prescrever qualquer medicamento, pergunte se o paciente é alérgico a eles.
  4. 4 Pergunte sobre os valores e ideias do paciente. Pergunte se o paciente tem alguma crença que você deva levar em consideração desde o início. Independentemente da resposta, você deve avaliar os valores e objetivos do paciente enquanto trabalha.
    • Faça perguntas para ter certeza de que o paciente acredita em você. Ao trabalhar com pacientes terminais, pergunte pelo que vale a pena viver? A partir da resposta, você entenderá o que o paciente está pronto para fazer para prolongar a vida.
    • Continue fazendo perguntas até ter uma compreensão completa do ponto de vista do paciente.

Parte 3 de 4: Usando a comunicação não verbal

  1. 1 Use efeitos visuais. Isso ajudará o paciente a compreender conceitos que, de outra forma, seriam difíceis de entender.
    • Se possível, revise os diagramas e gráficos da peça com a qual está trabalhando.
    • Se você não conseguir encontrar diagramas ou diagramas, compare conceitos abstratos usando analogias concretas e imagens mentais.
  2. 2 Lide com o paciente. Deixe o paciente perceber que você está atento a ele e mantenha contato visual de forma ativa.
    • É claro que às vezes você precisará consultar o prontuário médico, mas tente manter contato visual com o paciente por pelo menos metade da conversa. O contato visual é especialmente importante quando o paciente fala sobre seus problemas ou faz perguntas.
    • Manter o contato visual pode ajudá-lo a perceber modos de expressão não-verbais.
  3. 3 Cuidado com sua voz. Seu tom deve ser claro e profissional, mas ao mesmo tempo bastante amigável.
    • Tente criar uma atmosfera agradável, não fria e austera. Os pacientes devem sempre confiar em você e ter fé em você, portanto, você deve se comportar com confiança e profissionalismo.

Parte 4 de 4: Discutindo questões difíceis

  1. 1 Discuta tópicos difíceis antes que uma crise chegue. Você deve discutir algumas das questões complicadas que podem surgir assim que o diagnóstico for feito ou se houver preocupação de que a condição possa piorar.
    • Isso pode incluir qualquer coisa, desde tratamentos radicais a cuidados ao paciente ao longo da vida.
    • O local ideal para discutir questões desafiadoras é em seu consultório, não no hospital. Os pacientes tendem a tomar decisões sábias em um ambiente descontraído.
  2. 2 Reserve um tempo para discutir decisões importantes. Algumas perguntas podem precisar ser respondidas imediatamente, mas geralmente os pacientes têm alguns dias ou semanas para pensar.
    • Insista na importância de tomar uma decisão, mas dê ao paciente o máximo de tempo possível para pensar.
    • As pessoas costumam se arrepender de decisões tomadas com pressa. Tente minimizar seus arrependimentos e os arrependimentos de seus pacientes.
  3. 3 Compreenda a importância de confiar nas decisões. Independentemente de você compartilhar a opinião ou as crenças religiosas de seus pacientes, respeitar e encorajar suas crenças, eles se beneficiarão.
    • Se um paciente perguntar sobre suas opiniões religiosas, não hesite em compartilhar sua opinião. Isso ajudará a criar um ambiente confortável quando as coisas derem errado.
    • Se você se sentir desconfortável, discuta o assunto, você pode encaminhar seu paciente a alguém que possa resolvê-lo.Reencaminhe o paciente a um padre ou recomende um conselheiro profissional que esteja disposto a discutir questões religiosas.
  4. 4 Reafirme as crenças positivas. Mesmo que a situação pareça desoladora do ponto de vista médico, você deve encorajar o paciente a ter esperança e lutar contra a doença.
    • Isso não significa que você deva dar falsas esperanças. Se as chances de recuperação forem mínimas, seja honesto.
    • Insista que há esperança. Não descarta a possibilidade de um bom resultado, mesmo que a recuperação total esteja em questão.
  5. 5 Fale com seu paciente. Não importa o quão forte seja a esperança do paciente e da família, mostre que sua esperança é igualmente forte.
    • Se o seu paciente está orando por um milagre, você pode dizer que também está orando ou esperando por um milagre.
    • Se o paciente aceitou sua doença, você não deve pressioná-lo e fazê-lo esperar pelo melhor. De qualquer forma, você deve discutir várias maneiras de tornar a vida do paciente melhor, apesar de sua doença.
  6. 6 Tranquilize o paciente de que você está sempre presente. Diga que você estará com ele durante toda a doença ou tratamento. Quando alguém recebe notícias assustadoras, um aliado bem informado pode ser uma fonte de conforto e apoio.
    • Se a maior parte do tratamento for realizada por outros médicos, você deve garantir ao paciente que continuará a ser informado e sempre pronto para discutir seus problemas e o curso do tratamento.
  7. 7 Sugira a melhor opção. Se o paciente tiver uma decisão difícil a tomar, ele pode se sentir oprimido demais para tomá-la. Nesses casos, você pode precisar dizer diretamente ao paciente que acredita no melhor.
    • Sugira e explique por que você acha que esta é a melhor opção. No entanto, não insista para que o paciente aceite sua oferta.